O médico António Trabulo decidiu ficcionar as histórias passadas a bordo do Gil Eannes de 1970 a 71. A apresentação do livro aconteceu no último sábado na sala José Hermano Saraiva do Navio Museu Gil Eannes.
“Morei mais de 365 dias no navio Gil Eannes”, afirmava o autor. António Trabulo dizia que a obra, editada pela Fundação Gil Eannes, era de ficção, onde apenas o navio e a data são História.
Lamentando que, apesar de já ter publicado 15 livros, alguns deles premiados, continua sem editora, o autor agradecia à política editorial da Fundação que consegui apresentar esta obra, que já está à venda no Navio Museu.
O administrador da Fundação Gil Eannes dizia que “esta obra vai enriquecer o nosso espólio. Vamos perceber muito dos conflitos que havia a bordo”, explicava Lomba da Costa. Acrescentando que a Fundação Gil Eannes está a terminar a edição de “Anjo do Mar”. Uma edição em quatro línguas (português; inglês; francês e alemão) para venda, em breve.
Em janeiro, no dia 31, editarão o “Mia a bordo”. Um livro infantil e anunciaram que estão “em preparação” mais dois livros sobre o Navio, que serão apresentados dentro de 15 meses.
“Nós temos de prestar este serviço, que é registar a vida de todos os que trabalharam neste navio”, frisava o presidente da Fundação. O também autarca vianense, José Maria Costa sublinhava que “este espaço [Gil Eannes] é da comunidade. Tem a função de memória”.
Numa parceria com a Escola de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo reabilitaram a sala de cirurgia. Os responsáveis da Fundação apelaram a quem tenha material ou bibliografia médica a ceder para continuarem a equipar a sala e biblioteca médicas.