Ao pintor e ao homem dotado de muitas e diversas culturas, no último sábado, pelas 16h, na igreja da Sagrada Família foi prestada uma homenagem sendo atribuído o nome dele a uma sala, pois deu 50 mil euros para a obra, bem como quadros de pintura.
José da Rocha Soares, nascido em 1935, em Galegos de Penafiel, no lugar de S Pedro onde na altura havia uma só família. Era a dele. Trabalhou na agricultura e também nas madeiras e aos 16 anos emigrou para o Brasil, onde teve o primeiro emprego na Alfandega do Cais do Porto, no Rio de Janeiro. Tomou conta da gerência de vários negócios na área de mercados de fruta e o resto que se vendia nos mercados durante três anos.
Após esse tempo estabeleceu-se por conta própria no ramo mercadinho “Fé em Deus” comprou várias quitangas e casas de fruta. Teve um supermercado com o nome de S Domingos.
Aos 27 anos fez-se construtor civil até hoje juntamente com outros ramos e profissões similares. Chegou a ser piloto civil, teve padarias, lanchonetes, sem deixar a construção civil que ainda mantem, embora, em Portugal tivesse acabado, mas no Brasil continua.
Também com essa idade conheceu a mulher da sua vida, a Maria Olímpia Martins Soares, do Souto, Ponte de Lima, que morava no Brasil e com quem teve quatro filhas: Tânia, Cláudia, Valéria e Vera. Uma em Viana do Castelo.
No Brasil dedicou-se a pintar telas, e em Portugal mais de 380, mas escreve muito bem com realismo e alegria, e com muita correção como puderam observar num livro escrito por ele.
Aos 19 anos foi para a luta livre durante oito anos.
Um dia quando regressou a Penafiel dando um passeio pela cidade ficou triste porque encontrou tudo como deixou, mais velho e estragado. Foi proposto pela Câmara de Penafiel a comprar três lotes da Câmara porque ninguém queria apostar na cidade de Penafiel.
Sem esquecer a sua terra natal onde fez construções diversas. O último prédio nesse lugar planáltico tem 76 apartamentos em nove andares num correr de 200 metros.
Tem uma história de vida cobiçosa e exemplar.
A. C.