Jantar dos Conjurados congregou 180 pessoas

Perto de 180 pessoas marcaram presença no Jantar dos Conjurados, na noite da última sexta-feira, na Quinta da Presa, Meadela, e que serviu para as Reais Associações de Viana do Castelo e Braga assinalarem o 1º de Dezembro de 1640, quando Portugal recuperou a sua independência face a Espanha.

Entre os presentes, estavam, entre outras figuras públicas, os deputados Ascenso Simões (PS), José Manuel Carpinteira (PS), Emília Cerqueira (PSD) e Ilda Novo (CDS/PP), bem como o eurodeputado José Inácio Faria (MPT), os presidentes das câmaras de Caminha, Ponte da Barca e V. N. Cerveira, o vereador da Educação em Ponte de Lima, António Cruz, da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, e Ricardo Lopes, vice da Associação Empresarial de Viana do Castelo.

Na ocasião, José Aníbal Marinho, presidente da Real Associação de Viana do Castelo, alertou para o facto de Portugal ser “o único país do mundo que não celebra oficialmente a data da sua fundação como país independente, o dia do seu aniversário”.

“Oficialmente no dia 05 de outubro comemora-se a Implantação da República de 1910, que teve como ato preparatório o assassinato de El-Rei D. Carlos, por ordem expressa da Carbonária, braço armado da Maçonaria, ignorando ou procurando fazer esquecer as autoridades republicanas – atuais e passadas – que foi no dia 05 de outubro de 1143, com o Tratado de Zamora, que surge um novo Estado, PORTUGAL, como REINO INDEPENDENTE”, acrescentou.

Numa alusão ao Jantar dos Conjurados que se estava a assinalar, José Aníbal Marinho lembrou que foi “na noite de 30 de novembro de 1640, um grupo de intrépidos e arrojados portugueses reuniu-se no Palácio de D. Antão de Almada, em Lisboa, para ultimar os preparativos da revolta que iriam perpetrar no dia seguinte […] A vitória alcançada no dia 01 de dezembro de 1640 veio permitir que Portugal fosse devolvido à sua plena independência de nação livre e soberana”.

O presidente da Real Associação de Viana do Castelo lembrou, ainda, situações como a “ilegítima ocupação espanhola de Olivença” e a atenção que “as autoridades portuguesas devem prestar atenção às intenções espanholas sobre as Ilhas Selvagens”.
Uma nota, ainda, para a conferencia sobre o “Princípio de Portugal”, por Ascenso Simões, considerando que há “um Portugal feito de vários princípios”.

Um deles seria a 24 de junho de 1128, aquando da Batalha de S. Mamede. Mas também apontou dois (ante) princípios. Em 1096, “quando Henrique de Borgonha fixa-se a si como Senhor de Portucale e de Coimbra, embora também se pudesse ir ainda mais atrás, buscar o início do condado, em 1868, recuperando o pouco lembrado Vímara Peres”. O segundo (ante)princípio “é o que nos leva a Portucale, a sede da diocese Portucalense”.

Todavia – frisou -, “se atrás já indicamos dois princípios antes do primeiro princípio que é o de 1128, três portanto, chegamos ao quarto princípio de Portugal. Zamora, 05 de outubro de 1143, é o ato concordante que leva a que o reino de Portugal se inicie na geopolítica europeia”. Referiu, ainda, que o “princípio quinto é, então, a Bula Manifestis Probatum, concessão de Alexandre III, conquista de Afonso Henriques, o primeiro.”

Ascendo Simões deixou, ainda, uma nota para língua portuguesa “que se afirma nossa em 1297” e “é ainda uma conquista da dinastia de Borgonha.”

Houve, ainda, lugar à entrega dos prémios, relativos ao ano letivo 2017/2018, com o tema “5 de Outubro de 1143 – o dia em que Portugal nasceu” e cujos vencedores já demos conta na edição da última semana.

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