Joaquim Ribeiro: um grande senhor

Gostava que as pessoas como Joaquim Ribeiro não caíssem em desuso
Quando conheci Joaquim Ribeiro era ainda menina. Para mim, era um dos grandes Senhores das Festas, em conjunto com Amadeu Costa e Francisco Cruz. Só quando cresci, percebi o seu papel numa equipa que descobri ser muito mais abrangente e rica.

Quando a equipa é boa, quem a integra, complementa-a. Há os visionários, há os que fundamentam e aprofundam, há os que com arte sabem concretizar ideias, os que motivam, os bons comunicadores, e os que sabem dar a cara, mas também há os que, na sombra, organizam, aprontam, aconselham e tanto mais.

Homem educado, íntegro, ponderado e das coisas bem-feitas, Joaquim Ribeiro era a memória (que partilhava através dos seus “A Falar de Viana”), era o conselho ponderado, era as contas certas, a organização e a confiança.

Confiança é uma boa palavra. Confiava e transmitia confiança. A sua palavra chegava. Ainda chega.

Quando comecei a conhecê-lo melhor, nos anos em que ajudava como voluntária na organização de inúmeras iniciativas da VianaFestas em parceria com a AGFAM, aprendi com ele o valor de um bom planeamento, de fazer o “trabalho de casa” e de saber ouvir.

Gostava que as pessoas como Joaquim Ribeiro não caíssem em desuso. Enquanto esteve, eu estive também.  Obrigada, Joaquim Ribeiro por quatro décadas de Romaria.
Deveria ter escrito este texto há dez anos.

Mafalda Silva Rego

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