Ministra diz não ter responsabilidade nas compensações aos pescadores

O parque eólico offshore designado por Windfloat Atlantic, que se localizará ao largo de Viana do Castelo, tem como objetivo principal a exploração do recurso eólico em águas Profundas.

A deputada Liliana Silva (PSD), eleita pelo Alto Minho, questionou, há pouco mais de um mês, por escrito a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, acerca da sustentabilidade de algumas empresas ligadas à pesca que poderão, por um lado, ficar em risco por não poderem utilizar a área marítima de abrangência deste Parque Eólico e limítrofes e, por outro, o sobrecarregamento de armadores noutras zonas mais a norte e a sul do Parque por este mesmo motivo.

Na altura, a deputada referiu que “ foram feitas negociações entre a EDP renováveis e o Governo com 16 armadores da associação de pescadores de Viana do Castelo, no sentido de os indemnizar dos prejuízos que terão, por via de ficarem impossibilitados de operarem na área relativa ao parque eólico.”

Sublinhava que “estas indemnizações não estão em causa”, mas “o que nos parece-nos estranho é que não tenham sido chamados à mesa das negociações, os restantes pescadores de outras associações desta área.”

Em resposta, a ministra do Mar refere que “o Ministério tem estado em ligação com os dirigentes associativos da zona norte e participado nas reuniões realizadas e por isso tem conhecimento dos argumentos apresentados. Contudo a referida compensação resulta de uma iniciativa voluntária da EDP-Renováveis.”

Para a deputada do PSD esta postura é de que “a culpa nunca é do Governo. Mas será grave se viermos a saber que o Governo se esqueceu de acautelar nas salvaguardas do contrato a justiça perante todos os pescadores, assim como o prejuízo que os mesmos terão por via deste projeto”.

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