Mulheres já desfilaram e apresentaram cumprimentos ao Bispo da Diocese

Foram 624 mulheres que sorriram e apresentaram os diferentes trajes vianenses ao longo de hora e meia de desfile. Este ano, e pela primeira vez, a única paragem foi na Cúria Diocesana, na igreja de São Domingos depois da saída dos jardins do antigo Governo Civil.

“A mordomia tem um papel central”, dizia a presidente da VianaFestas à chegada à Cúria Diocesana. Maria José Guerreiro agradecia o empenho de todos os elementos e a participação das mulheres de Viana, mas também de outros pontos do país e do estrangeiro.

Para o Bispo da Diocese agradecia a presença “tão agradável aos olhos, aos ouvidos e até ao sabor, ao paladar destas senhoras e meninas aa quem hoje chamamos as senhoras maiores”. D. Anacleto Oliveira explicava que a palavra “mordoma” vem do latim e significa a senhora maior. “Sem a vossa presença nada do que fazemos aqui, fazia sentido”, sublinha.

Leonor, de 14 anos, participa pela primeira vez no desfile. Natural de Carreço orgulhava-se de vestir aquele traje. “Recentemente entrei para um grupo e este ano decidi participar”, salientava a jovem. Manifestando que “estou a cumprir a tradição”.

Tânia Cabral, de 30 anos, participa há três anos e enverga o traje da Ribeira. “O meu pai é pescador e tenho família na Ribeira”, dizia. Acrescentando que “há uns anos atrás já tinha participado nas marchas e agora participo nas festas”. “Sempre que posso participo na Desfile da Mordomia, nas procissões ao mar e a terra. O cortejo nem sempre”.

Fato preto servia para casamento e até para o funeral

Perpétua é natural de Ponte de Lima, mas reside em Viana há mais de 50 anos. Com a cópia do fato da avó orgulha-se de desfilar há mais de 20 anos e ter conseguido mobilizar as sobrinhas. “O lenço que trago aqui era do casamento da minha avó, será, possivelmente, do ano de 1863”, explicava. Acrescentando que este ano participou ela, as sobrinhas e sobrinhas-netas. No total, seis. Não foram mais porque algumas tiveram atrasos com os voos. “Trajamos com o fato preto, que era o que faziam para ser as mordomas das festas. Servia depois também para o casamento e para todas as festas de família ou aldeia. Ir a Ponte de Lima, vir a Viana do Castelo…Era ainda o fato que ia para a cova”.

Orgulhosa por manter a tradição e com muita vaidade diz que só falhou um. “Há cinco anos faltou-me uma das minhas princesas e aí não conseguimos vir nenhuma”.

Elementos do Rancho Folclórico da Casa do Minho do Rio de Janeiro

Paola Braga é uma das raparigas daquele grupo que participou no Desfile da Mordomia. “Este desfile foi mais tranquilo do que imaginava”, manifestava. Adiantando que 35 raparigas do rancho desfilaram na Mordomia.

Amanhã, às 16h, decore o cortejo histórico e etnográfico com a presença de 144 quadros, onde o tema principal é o templo de Santa Luzia.

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