Pescadores: novo acordo por parque eólico

“Todos reconhecem que ficou aquém do merecido, mas o dinheiro não era o importante. O importante era sentirmo-nos ouvidos”, referiu Augusto Porto, presidente da Associação de Pesca Profissional do Rio Minho e Mar.

Este falava após o acordo, na última quinta-feira, entre os mestres de 49 embarcações de Caminha, Vila Praia de Âncora e Castelo do Neiva, com o consórcio responsável por instalar um parque eólico ao largo de Viana de Castelo. Na sequência disso, desconvocaram o previsto para o dia seguinte, aproveitando a presença, num comício, de António Costa, primeiro-ministro e líder do PS, em Viana do Castelo.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Pesca sublinhou o facto de as embarcações terem sido, “pela primeira vez, tidas em conta neste processo”. Acrescentou, notando que o acordo resultou de um “encontro de mais de três horas com a EDP, a REN, a Secretaria de Estado da Energia e a Direção-Geral das Pescas”.

Questionado pela Lusa sobre o montante da compensação que as embarcações reclamavam, escusou-se a adiantar valores. Os mestres das mesmas exigiam a “mesma compensação” atribuída a outros pescadores da região pelos prejuízos causados por um parque eólico ao largo de Viana do Castelo.

Anteriormente, o Windplus, consórcio titular da Utilização do Espaço Marítimo Nacional, negociou uma compensação de um milhão de euros com 16 armadores de pesca costeira potencialmente afetados pela instalação do parque. Já em agosto, tinha sido acordada uma compensação de meio milhão de euros às 28 embarcações de pesca local diretamente afetadas pela instalação do cabo submarino.

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