Zé Natário (1933 – 2019)

Foi nos primórdios da década de cinquenta do século passado que Zé Natário ensaiou, com cerca de vinte anos, o hóquei em patins no ringue do Límia-Parque. Daí, a formação de uma equipa de hóquei pelo S. C. Vianense, foi imediata. Em 1952, ganha a primeira taça no Campeonato Regional do Minho. Zé Nátario integrava também a sociedade que passava a gerir aquele recinto — com salão de cafetaria, esplanada e jardim envolvente, onde se incluía o ringue de patinagem. Os vianenses acorriam ao Límia-Parque como local de lazer, diversão e desporto, onde, também, o futebol de salão fazia as delícias de todos, nas noites de Verão. Era nesses tempos “ponto de encontro” dos vianenses, sobretudo de estudantes do Liceu, que aí namoravam e dançavam, ao som de uma máquina de discos (de moedas) sendo, também, sala de estudo. Com o advento da televisão, na década de 50, o salão enchia-se pelas nas noites de Verão. Pelo Carnaval, fim do ano, etc., aconteciam grandes bailes.

Há uns anos, em conversa com Zé Natário, recordámos estes belos tempos, confessando-me – “se fosse mais novo, ainda tentaria pegar naquilo!…”

É neste quadro saboroso de nostálgicas efemérides que se alimenta e enaltece a vida. Mas nada volta para trás!…

Contudo, foi no hóquei em patins que Zé Natário alimentou sua paixão. Mostra-o a memória fotográfica do Café Sport. Mais tarde, prossegue no S. C. Vianense, mas, como “o eucalipto, tudo seca à sua volta”, cria a “Juventude de Viana” que prossegue com sucesso desportivo o que seu passamento não apagará da memória dos vianenses. Foi verdadeiramente o “Pai do Hóquei” em Viana, coadjuvado pela equipa que, em 1952 ganha o primeiro troféu.

José Enes Gonçalves Viana (Zé Natário) merece ficar perpetuado não só como brioso desportista amador, mas, também, como profissional de cafetaria doçaria e restauração.

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